Em frente ao espelho
"Na vida as dúvidas e as incertezas são muitas, quando descobres as respostas já se mudaram as perguntas"
sábado, 13 de abril de 2013
Não consigo gostar de mim, sempre que me olho ao espelho vejo um "monstro", o "monstro" em que me tornei, ou que a vida me tornou. Não consigo confiar em ninguém, tenho tanta coisa que gostava de desabafar com alguém,tantos traumas, medos e inseguranças que gostava de partilhar, mas infelizmente isso não é possivel, o medo que me julguem, que gozem ou não me compreendam é maior do que toda a vontade que eu tenho de 'botar tudo cá para fora', é triste quando chego à conclusão que o único sítio em que posso desabafar é uma página de blog onde ninguém sabe o meu nome. Em casa sou uma pessoa completamente diferente do que vêm a na escola ou em qualquer outro lugar, em casa retiro o meu sorriso falso que uso o dia todo, e choro, choro para aliviar a alma, corto-me para aliviar a dor interna, vomito para emagrecer, não me acho boa o suficiente para ninguém e dúvido que algum dia o vá ser.
“Oculto a dor e sofro em silencio porque nos dias de hoje quem mostra o que sente é pisoteado.”
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Não sei como há raparigas que se cortam e têm a coragem de mostrar as suas cicatrizes a toda a gente, faz-me confusão, muita confusão, porque eu nunca fui capaz de falar deste meu problema com ninguém, tenho enfrentado tudo isto sozinha, é uma luta diária.
Estou farta que raparigas estúpidas saiam por aí a mostrar as suas cicatrizes para conseguirem toda a atenção e simpatia que eu nunca tive.
Estou farta que raparigas estúpidas saiam por aí a mostrar as suas cicatrizes para conseguirem toda a atenção e simpatia que eu nunca tive.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Hoje, por volta das duas horas da tarde, o meu pai e a minha mãe estavam a discutir, não me lembro do motivo, mas também isso pouco importa. Quando o meu pai ia a descer as escadas de casa, olhou-me e indagou algo que me chamou a atenção:
- A tua mãe é tão complicada.
Eu disse que “sim” com a cabeça, sorri ligeiramente, e logo depois sussurrei tão baixo que ele não iria ouvir, pois já estava quase na parte de baixo da casa:
- Acho que herdei isso dela.
O meu pai lembrou-me de que quando certa pessoa me chamava de complicada, a qualquer hora do dia, ele me chamava de complicada por não ter tempo para ele nos finais de semana, nem durante a semana.
Posso ter herdado isso de minha mãe, ate pode acabar por ser a razão de ser complicada, mas penso que toda mulher e todo homem tem o seu lado complicado. Só temos que encontrar alguém que queira e ature as nossas complicações
sábado, 26 de janeiro de 2013
Sentei-me na frente do computador hoje, para escrever mais um daqueles textos que lotam o blog, mas enquanto eu pensava sobre que escrever, resolvi mudar um pouco. Escrever algo mais cheio de opinião e com menos drama. Ou seja, algo meio diferente do que costumo a fazer. Talvez vocês não gostem, mas eu sou uma daquelas pessoas que acreditam que as palavras podem mudar o mundo. E se as minhas algum dia, forem capaz de fazer isso, nem que seja só para uma pessoa, eu estarei realizada. Tem muitas coisas que me incomodam no mundo e nas pessoas. Muitos temas para textos como este, mas, agora, eu vou falar sobre uma coisa que tem me feito perder a esperança nas pessoas. Sobre os estereótipos da sociedade, a pressão para ser perfeito (o que é na verdade impossível). Porque a sério, ? Quem são vocês para me obrigarem a tentar ser algo que nem vocês são? Para me julgarem sem me conhecer, só porque acham que sabem de alguma coisa? Nós achamos e dizemos que o problema tá na política, na corrupção e em qualquer outro lugar longe de nós, e que por isso somos incapazes de mudar e melhorar o mundo. Mas eu digo que há muitos problemas que estão aqui, perto de todos nós. E quem melhor para resolver isso do que nós mesmos? Nós que descriminamos, que julgamos, que não admitimos a nossa parcela de culpa nos problemas de desigualdade, de bullying e de suicídios. Nós que achamos que o nerd não merece ser amado, que a gorda é preguiçosa, que a AIDS é a doença que só os homossexuais pegam, que a dona de casa não faz mais que a sua obrigação Que acreditamos. que precisamos que os outros gostem de nós para aí podermos gostar de nós mesmos. Que pensamos que a beleza é tudo. E que o exterior diz mais do que o interior sobre alguém. Nós que vivemos em uma sociedade como esta e não fazemos nada para mudar-lá. Enfim, nós que fechamos os olhos para tudo isto e deixamos a sociedade ir se autodestruindo aos poucos.
sábado, 22 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Eu faço (ou tento fazer) o melhor para as pessoas. Eu dou-me para elas, sacrifico-me para a felicidade alheia. E pessoas como eu, tentam fazer o melhor de si não com um propósito de receber algo em troca. Não, nada disso. É apenas receber em troca, um sorriso, um olhar. É isso que vale. E é isso que eu quero fazer sempre na minha vida. Ajudar as pessoas, colaborar com elas. Adoro lidar com vidas, conhecer histórias… conhecer os medos, os desafios e as lutas de cada um. Mas não nos pode-mos esquecer de nós. Se nos dermos muitas vezes, ficamos um bocado vazios de nós.
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